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Meu Mestre – Meu Amigo

deus

Todos nós temos um mestre. Cada um o descobre em alguma fase de sua vida e dá um nome a ele: Deus, Espírito Santo, Jeová, Alá, João, Jesus, Maria, José, voz interior, amigo secreto, etc.

Dizem que quando o discípulo está pronto, o mestre aparece… Mas, na verdade, ele sempre esteve presente em nossas vidas. Nós, ainda, que não o re-conhecemos. Digo “re” porque a maioria de nós (na nossa infância) brincávamos com ele e os adultos o chamavam de “amigo invisível”, “amigo secreto”, etc. 

É… desde que fomos concebidos, ele já estava lá nos acompanhando. Alguns o personificam numa pessoa; outros acreditam que ele é ligado a uma religião e muitos nunca pensaram nele. Na verdade, ele é designado por Deus para cuidar de você e da sua existência, aqui, nesta dimensão. E ele, na sua profunda humildade, a aceita, sem discussão. Geralmente, você já tem uma ligação muito estreita com ele, de vidas anteriores.

E você conversa com ele todos os dias. Acredita que é somente a sua mente fazendo perguntas e dando respostas ou que é o seu cérebro funcionando. Mas ele é fiel a você e te acompanha 24 horas por dia, todos os dias, em todos os locais: no trabalho, no carro, no ônibus, na escola, em casa, nos seus mais profundos pensamentos. Você pode pensar: “então, eu perdi a minha individualidade e o meu livre-arbítrio?” Eu digo que não – pelo contrário, ele o respeitará profundamente, mesmo você não acreditando nele.

A nossa mente é uma verdadeira “winchester” onde são guardadas todas as informações que a nossa essência consegue captar (entenda-se como sendo ‘a nossa essência’ a união dos nossos quatro corpos: emocional, mental, físico e vibracional). Ou seja, a nossa mente armazena o nosso passado e toma decisões baseadas no mesmo. Mas, o aprendizado é no presente e não podemos somente decidir observando o nosso passado. Portanto, o nosso cérebro não está preparado para tomar decisões no presente.

Mas, o Grande Arquiteto do Universo não nos deixou a sós em nosso caminho. Ele nos deu um mestre, Seu Representante, que é nossa voz interior que pergunta, questiona, dá respostas e é presente sempre. Pensamos que é o nosso cérebro, mas não o é. Não estou menosprezando a capacidade cerebral do ser humano e sei, também, que a ciência ainda tem muito a desvelar sobre este tema.

O nosso mestre também está em evolução, ou seja, aprendendo como nós. Mas, ele tem uma consciência muito maior que a nossa para orientar os nossos passos para o nosso verdadeiro caminho de vida.

Você pode estar se perguntando: “como posso ter uma conversa com o meu mestre? Ele me dará todas as respostas que quero, sobre qualquer assunto?” E a resposta que lhe dou é: sim, ele pode lhe dar todas as respostas, mas você precisa se aproximar dele e ouvi-lo. Sim… aproximar-se dele é você assumir o seu verdadeiro caminho de vida, é autoconhecer-se, é buscar o seu interior, é falar consigo mesmo(a),

Uma dica: em vez de você achar que o seu cérebro é que resolve tudo, mude de atitude, acredite e fale para si mesmo(a): “quero conversar com o meu Mestre Interior”. Se apresente a ele (você pode ficar se olhando num espelho) e faça as perguntas que quiser. Observe as respostas, anote o que achar interessante e, depois de alguns dias, releia o que escreveu.

No inicio deste processo, você perceberá que o seu Mestre está muito distante, mas, na verdade, é você e o seu cérebro que ainda não estão acostumados com esta realidade nova que te proponho. Seja insistente: tente várias vezes, determine um período de tempo: “farei este exercício, todos os dias, durante 30 dias, quando estiver voltando do meu trabalho” – e converse com ele, faça perguntas, obtenha respostas, anote-as num caderno específico para este exercício e leia posteriormente.

No começo, o seu cérebro ficará muito resistente e dirá: “isto é um absurdo, nunca ouvi falar sobre isto, não há registros no meu passado sobre isto, estou ficando doido, que besteira, etc, etc ,etc…”. Na verdade, o seu cérebro “esqueceu” que o seu mestre existe e ficou “formatado” com os conceitos recebidos dos seus pais e da sociedade em que vive. Eu acredito na “pureza” das crianças e acredito que elas crescem e se tornam adultos (a “pureza”, nesta fase, é tachada de “ingenuidade”). Na verdade, a pureza está no adulto que a embota.

Digo sempre que os adultos são crianças crescidas. E o nosso mestre vem resgatar a nossa pureza de alma, a nossa criança, o nosso amor verdadeiro. E uma criança ama incondicionalmente os seus pais, sejam eles certos, incertos, errados, ferozes, feridos, felizes, etc. O nosso mestre nos ensina, em todos os momentos, o amor verdadeiro que Deus nos deu.

Com o passar do tempo, o seu cérebro aceitará o seu mestre como uma verdade. Então, você reconhecerá o grande amigo que sempre acompanhou os seus passos na sua vida. Você perceberá que não está sozinho e nunca esteve. Que Deus, na sua infinita sabedoria, nunca nos deixou a sós. Isto não é preenchimento da nossa solidão, é, sim, a descoberta da grande ligação espiritual que existe no nosso Universo. Tudo está interligado, tudo é Deus.

Acredite no seu mestre porque ele sempre acreditou em você!

Autor: Josef Karel Tlach em 11.11.2010

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